Enrosco-me em espiral
como um cão
que tem frio.
Quem me vai dizer
porque nasci,
a razão desta monstruosidade
chamada vida.
O telefone toca. Tenho de dar
um recital de poesia.
Entro.
Uma centena de pessoas, uma centena de pares de olhos.
Olham, esperam.
Eu sei porquê.
É suposto dizer-lhes
porque nasceram,
porque existe
esta monstruosidade chamada vida.
(versão minha, a partir da tradução inglesa do polaco de Czeslaw Milosz e Leonard Nathan, in A book of luminous things, organizado por e com uma introdução de Czeslaw Milosz, Harcourt Brace & Company, San Diego, 1988, p. 259).
É só para dizer que estive por cá ... Gostei particularmente deste proema ... ou desta tradução ... ABS
ResponderEliminarÉ só para dizer que estive por cá ... Gostei particularmente deste poema ... ou desta tradução ... ABS
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