para dobrar a roupa. Não importa quem viva
ou morra, continuo a ser uma mulher.
Terei sempre muito que fazer.
Dobro as mangas da sua
camisa. Nada pode interomper
a nossa ternura. Voltarei
ao poema. Voltarei a ser
uma mulher. Mas por agora
há uma camisa, uma camisa gigantesca
nas minhas mãos e, algures, uma pequena rapariga
ao lado da sua mãe
observando-a para ver como se faz.
(versão minha, a partir do original e da tradução espanhola de Eduardo Moga, reproduzidos em El puente que cruza la luna, Bartleby Editores, Madrid, 2006, p. 88).
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