Desventurados os que avistaram
uma rapariga no Metro
e se apaixonaram de repente
e a seguiram enlouquecidos
e a perderam para sempre entre a multidão
Porque serão condenados
a vaguear sem rumo pelas estações
e a chorar com as canções de amor
que os músicos ambulantes cantam nos túneis
E se calhar o amor não é mais do que isso:
uma mulher ou um homem que sai de uma carruagem
numa qualquer estação de Metro
e resplandece por uns segundos
e desaparece na noite sem nome
(versão minha; original reproduzido em Poemas de la era nuclear, Bartleby Editores, prólogo de Alexandra Domínguez, Madrid, 2008, p. 95).
Tão belo! É bem verdade, isto que diz o poema.
ResponderEliminarMARAVILHEI-ME, MARAVILHADA!
ResponderEliminarEliane F.C.Lima