Disponho a minha esperança na água
neste pequeno barco
da linguagem, tal como alguém pode pôr
um menino
num cesto de folhas iridescentes
entrançadas
com o fundo calafetado
com betume e resina,
colocando depois o conjunto entre
as junças
e os juncos da margem
de um rio
apenas para que vá daqui para ali
sem saber onde pode acabar;
no colo, talvez,
de alguma filha do Faraó.
(Versão minha a partir da tradução inglesa de Paul Muldoon, reproduzida em New european poets, organização e introdução de Wayne Miller e Kevin Prufer, Graywolf Press, Saint Paul, Minnesota, 2008, p. 328).
Que bonito! Sempre adorei brincar a colocar barquinhos(folhas, paus...) no rio, e pensava sempre onde iria terminar aquela viagem.
ResponderEliminar~CC~
Talvez nunca se chegue a saber...
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