... Mas quando começámos a cantar
As nossas boas canções insensatas,
Então vimos que todas as coisas
Voltavam a ser o que haviam sido.
Um dia não é mais que um dia:
Sete fazem uma semana.
Matar parecia-nos uma coisa má;
Morrer, uma coisa longínqua.
E os meses passaram mais que velozes,
Mas tínhamos tantos pela frente!
De novo fomos apenas jovens:
Nem mártires, nem santos, nem infames.
Isto e outras coisas vinham à nossa mente
Enquanto continuávamos a cantar;
Mas eram coisas como as nuvens,
Difíceis de explicar.
3 Janeiro 1946
(Versão minha a partir da tradução inglesa de Ruth Feldman e Brian Swann reproduzida em Collected Poems, Faber and Faber, Londres, 2ª edição (?), 1992, p. 6, e da tradução espanhola de Jeannette L. Clariond reproduzida em A una hora incierta, La Poesía, señor hidalgo, Barcelona, 2005, p. 27).
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