Ali de onde venho ninguém me retinha.
Sei que ninguém me espera aí para onde vou.
Pela janela desfilam imóveis as paisagens.
Seria maravilhoso não chegar a sítio nenhum.
Permanecer assim:
viajando de um lugar que já não existe
para outro que nunca existirá.
(Versão minha; poema incluído em Defensa personal (Antología poética 1992-2006), prólogo de Miguel Albero, Ranacimiento, Sevilha, 2009, p. 155).
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