Poderíamos ter um filho
e levá-lo ao jardim zoológico aos domingos.
Poderíamos esperá-lo
à saída do colégio.
Ele iria descobrindo
na procissão das nuvens
toda a pré-história.
Poderíamos com ele fazer anos.
Mas não gostaria que ao chegar à puberdade
um fascista de merda lhe desse um tiro.
(Versão minha; poema incluído em Poesía reunida, Lumen, Barcelona, 2ª edição, 2009, p. 221).
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