Cegam-me os teus sóis
e os teus lúcidos amarelos.
Sossegam-me a alma
as aspas "deste ninguém".
Toco por baixo da ligadura
dos teus óleos
esses ausentes recessos
que fizeste símbolo da tua dor.
Pesou demasiado a tua cruz, homem,
e sei que caíste três vezes
antes de te amputares por inteiro.
Ainda te observamos cabisbaixos,
eu e os teus tristes girassóis.
(Versão de Ricardo Castro Ferreira; o original - do livro El torturador, de 2005 - pode ser lido aqui).
O problema deste blogue é que a cada novo post eu tenho o impulso de me repetir:
ResponderEliminar- Que bonito! Obrigada.
Que bom! Muito obrigado.
ResponderEliminarSão lindos "os amarelos" do VG mas os "negros" ainda são mais...
ResponderEliminarE este texto está tão bonito!