domingo, 16 de dezembro de 2012

Óscar Cruz

Síndrome de Kafka




cinco meses depois da morte
do meu pai ainda encontramos
quem chore por ele. o meu pai,
porém, teria preferido ser
esquecido. creio que foi por isso
que o esquecemos.



(Versão minha; original reproduzido em Dejar atrás el agua. Nueve nuevos poetas cubanos; edição e prólogo de Fruela Fernández e Juan Antonio Bernier, La Bella Varsovia, Córdoba, 2011, p. 78).

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