Envia-me uma carta, ainda que se perca.
Envia-me velas acesas, não sei,
um monte, por exemplo, que me olhe de cima.
Envia-me sonetos, pergaminhos,
capitéis coríntios que reforcem
esta luz da tarde que resvala.
Alguma coisa de Brahms, o mar e o seu epicentro.
Bandeiras sem manchas de cores,
que se possam pintar como se quiser.
E sobretudo ar, sem condutas, ar livre.
Por agora, a carta, ainda que se perca.
(Versão minha. Fonte: La casa del presente - 14 poetas vascos; selecção de Iñigo Linaje e Ángel Guinda, Olifante, 2021, p. 43).
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