Eu sou Adão
o que comeu a maçã;
Adão subitamente consciente de si mesmo,
assustado e envergonhado,
eu sou Adão, o que descobre
o bem e o mal, passando
de um pecado a outro;
Adão ininterruptamente desconfiado
de si mesmo,
escondendo o rosto.
Eu sou Adão espojando-me
na armadilha do espaço e do tempo
sem qualquer ajuda da realidade:
o paraíso perdido
por causa da minha suspeição
em relação à Presença.
Eu sou Adão
o que ouviu Deus dizer
adeus, Adão.
(versão minha a partir da tradução do indonésio para o inglês reproduzida em The poetry of our world, organização de Jeffery Payne, Perennial, New York, 2001, pp. 422-423).
Adão... afinal uma pessoa normal!
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