Este é um poema sério
Com uma aparência séria
Não desperdiça uma só palavra
Conhece bem o seu lugar.
Perfeitamente equilibrado
Nem longo nem curto
Olha solenemente os céus
Como um verdadeiro poema deve fazer.
`
Conhecedor dos clássicos
Dispõe nomes à vontade.
Aqui vem Platão com Lycidas
E, reparem, eis Demóstenes!
Um poema sério há-de findar muitas vezes
Com dois versos que rimam.
Mas nem sempre.
(versão minha; original reproduzido em Collected poems, Peguin Books, 2ª edição, Londres, 2004, p. 297).
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