Suicídio?!?!
Chavala, tás doida?
Eu tenho é medo de não viver
o suficiente
Tenho um medo de morte de alturas
Carros na bisga
Doenças esquisitas
Crocodilos
Electricidade
E campónios
Olha agora o aspecto que dava
Eu atirar-me duma cena qualquer
Tenho é montes de coisas p'ra fazer
E não há tempo p'ra nada
Deixa-me dizer-te
Se alguma vez me ouviste
Falar em acabar com a minha fraca figura
Então morde aqui a ver se eu deixo
Senta-te comigo até que esta nóia passe
E se alguma vez me
Encontrarem caído em algum lado
Não deixes que te digam que foi suicídio
Porque não foi
Eu tenho medo de alturas
Camiões a alta velocidade
Crocodilos
Electricidade
Drogas
Campónios
E conservas caseiras de feijão-verde
Com isto tudo
A afligir-me
Que aspecto é que dava
Matar-me
(Versão minha, em colaboração com C.; original reproduzido em Poetry from "Sojourner" - a feminist anthology, organização de Ruth Lepson e Lynne Yamaguchi, introdução de Mary Loeffelhoz, University of Illinois Press, Urbana e Chicago, 2004, pp. 161-162).
Viver é f----- :)
ResponderEliminarSim, viver é fixe...
ResponderEliminarViver é vir ver este blogue
ResponderEliminarde vez em quando
pedro e o lobo blogspot S.A.
Completamente de acordo com os dois :)
ResponderEliminarLi-o às miúdas adolescentes...ficaram pasmadas que a poesia se pudesse dizer assim, na mesma língua que a delas.
ResponderEliminarE riram...
~CC~
Sim, ler poesia para os adolescentes também é fixe...
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