Eu nunca fui rei
Nem provenho de uma família real
Mas pensar que agora me pertences
Dá-me uma sensação
De poder sobre os cinco continentes,
De controlo da chuva
E dos carros triunfais do vento,
De posse de milhares de acres
Sobre o sol,
De domínio sobre povos
Que nunca antes foram dominados,
E de prazer de brincar com as estrelas do sistema solar
Como uma criança brinca com conchas.
Eu nunca fui rei
Nem quero ser;
Mas quando sinto que adormeces
Na palma da minha mão
Imagino
Que sou um Czar da Rússia,
Um Xá da Pérsia.
(Versão minha a partir da tradução inglesa de Bassam K. Frangieh e Clementina R. Brown reproduzida em Arabian Love Poems, A Three Continents Book, Lynne Rienner Publishers, Londres, 1998, p.71).
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