Despida
Da palavra retiro a pulseira do tornozelo,
soará por si mesma.
A memória das pessoas está no interior da casa -
o que há lá fora? Os animais, mais gente, o jogo infinito.
A palavra acolhe tudo?
Se o interior é assim tão forte
para que será necessária
a música elaborada?
A língua bengali evolui a cada momento;
há que retirar-lhe então a pulseira acessória
que lhe tilinta no pé,
deixar que soe o jogo do pé descalço.
(Versão minha a partir da tradução castelhana incluída em La pared de agua - Antología de poesía bengali contemporánea; organização e tradução de Subhro Bandopadhyay, adaptação de Violeta Medina; Olifante, Saragoça, 2011, p. 95).
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