quinta-feira, 6 de maio de 2021

Joseba Sarrionandia

 Voltar a casa



Com os mapas do tesouro debaixo do braço
                            deixei a minha casa e avancei
pelos esconderijos do medo em busca
                                                do canto das sereias.

Na encontrei na viagem mais do que lascas
                                                cinzentas de pederneira
e ninhos nojentos de melros no mais recôndito
                                                das selvas obscuras.

Quando o tempo esgotou o caminho
                                           e regressei a casa,
era nova a madeira da porta e
                                           a fechadura tinha sido mudada.



(Versão minha; poema incluído em La poesía está muerta; tradução do basco pelo autor; edição bilingue basco/espanhol; selecção de Eva Linazasoro; Pamiela, Arre, 2016, p. 29).

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