Voltar a casa
Com os mapas do tesouro debaixo do braço
deixei a minha casa e avancei
pelos esconderijos do medo em busca
do canto das sereias.
Na encontrei na viagem mais do que lascas
cinzentas de pederneira
e ninhos nojentos de melros no mais recôndito
das selvas obscuras.
Quando o tempo esgotou o caminho
e regressei a casa,
era nova a madeira da porta e
a fechadura tinha sido mudada.
(Versão minha; poema incluído em La poesía está muerta; tradução do basco pelo autor; edição bilingue basco/espanhol; selecção de Eva Linazasoro; Pamiela, Arre, 2016, p. 29).
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