(...)
Num homem a nacionalidade não é mais do que os restos de merda que pisou.
Homens, lavai os pés!
Aquele que não sente o odor da podridão hedionda desta sociedade já tem a podridão instalada no seu próprio nariz.
Não vêem que este neste mundo a verdade se converteu em luz artificial e a mentira em obscuridade natural.
Atirar borda fora tudo o que é velho não é ainda criar algo de novo. Mas significa estar no bom caminho.
Para que os críticos não esqueçam:
todas as verdades são verdades temporais: nascem, vivem e morrem.
Mas, apesar de tudo, há uma verdade eterna, uma lei eterna.
E diz assim: é a juventude que cria as verdades temporais.
Agarrei a força na minha mão.
Amei a força.
Nasceram aforismos.
Não sou um pensador, muito menos um filósofo (não quero apodos para um cavalo selvagem!).
Um homem: um coração e um cérebro.
Vivi e vi.
(Versão minha a partir da tradução castelhana Francisco J. Uriz, incluída em Cinco poetas finlandeses, Libros del Innombrable, Saragoça, 2014, pp. 60-64).
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