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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Jack Agüeros

O New York Times realizou um pequeno filme sobre Jack Agüeros, poeta nova-iorquino que sofre da doença de Alzheimer e que perdeu a capacidade de ler, escrever e lembrar:

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Jack Agüeros

Salmo pela paciência



Senhor,
Despacha-te e dá-me paciência!



(versão minha; original reproduzido em Lord, is this a psalm, Hanging Loose Press, Brooklyn Nova Iorque, 2002, p. 43).

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Jack Agüeros

Salmo pelas mulheres



Senhor,
obrigado por teres feito as mulheres.
Obrigado por me teres dado olhos
para as olhar, nariz para as cheirar,
dedos para folhear lentamente as suas páginas,
língua para as saborear,
doces momentos para enlearmos os nossos pêlos encaracolados.

Obrigado por as teres feito
como o melhor dos géneros,
por as teres dotado com uma inteligência
que eu nunca compreendi.

E, Senhor, escuta,
pessoalmente eu não acredito no pecado,
mas por favor perdoa-me
se alguma vez fiz mal a uma mulher.



(versão minha; original reproduzido em Lord, is this a psalm?, Hanging Loose Press, Brooklyn - Nova Iorque, 2002, p. 36).

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Jack Agüeros

Salmo pela distribuição



Senhor,
na Rua nº 8
entre a 6ª Avenida e a Broadway
em Greenwich Village
há tantas sapatarias
com tantos sapatos
que me pergunto
por que há tanta gente descalça
na terra.

Senhor,
tens que despedir o Anjo
que tem a tarefa da distribuição.



(versão minha; original reproduzido algures por aqui).

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Jack Agüeros

Salmo pelo bacalhau



Senhor,
agradecemos-te pelo bacalhau,
agradecemos-te pelo bacalhau salgado
e agradecemos-te pelo bacalhau sem espinhas
e agradecemos-te pelo bacalhau
que é tão dócil que
nada em molho de tomate tão ditosamente
como nada em azeite.

Senhor,
agradecemos-te especialmente porque o bacalhau
não nada perto das costas
de Porto Rico.
Agradecemos-te por ele ir tão bem
com banana verde
rodelas de cebola e ovos mexidos.

E, Senhor,
porque é um peixe
agradecemos-te por o deixares vir a voar
até Porto Rico, agradecemos-te
por o deixares vir de barco
até aos nossos portos, agradecemos-te
por o deixares vir a nado até às nossas bocas tão felizes.



(versão minha; original reproduzido em El coro - a chorus of latino and latina poetry, selecção e organização de Martín Espada, 1997, University of Massachusets Press, Amherst, p. 8).