Eis uma máquina
Que escreve.
Eis uma máquina
Que multiplica
E pode subtrair.
E outra que
Que sabe ordenhar,
Que mói
E corta tudo.
E eis uma que, eh lá!,
Corre e galopa
A cem à hora...
Mas não há,
Não sei porquê,
Não há
Uma máquina
Que chore.
(Versão minha a partir da tradução francesa de Henri Abril reproduzida em Anthologie de la poésie russe pour enfants, selecção e tradução de H. Abril, Circé, Belval, 2006, 3ª edição, p. 139).