quinta-feira, 19 de junho de 2008

Helen Farish

O portão branco



Sinto-me tão contente não pude saber
que a última vez seria a última vez
que cruzaríamos o portão branco
do campo e que eu poderia regressar a casa
cheia de felicidade. Senhor, defende-me

das últimas vezes e se não puderes
defender-me das últimas vezes defende-me
da consciência delas. Leva de súbito
cada um de nós, fecha de súbito
o portão. Não me reveles coisa nenhuma.



(versão minha; de Intimates, Cape Poetry, London, 2005, p. 34).

Sem comentários: