de manhã depois de pão e chá
não são necessárias palavras
armados de paciência e dúvida
desposamos a costa de novo
passamos Tamanrasset
marcha fatigada
olhares na distância
nunca termina o grito
perseguimos ecos
tendas nómadas rios secos
até turbilhões e sementes
nos perderem para sempre
(Versão inédita de António Ladeira; poema do livro La tentation du désert / The temptation of the desert, L' Harmattan, Paris, 2008, p. 66).
2 comentários:
Cada vez que leio esse poema gosto mais mais e a dor fica mais profunda também.
Vou roubá-lo! Posso?
(Diz que sim!)
Bjs,
Carol
É para ser "roubado" que ele está aqui...
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