(The man who shot Leopoldo María Panero)
O meu querido amigo Javier Barquín pensará sempre que foi ele que matou Leopoldo María Panero. Porém isso não corresponde à verdade. Ninguém tinha então valor para o fazer. O sujeito aterrorizava toda a cidade. Raptara várias mulheres e amaeaçava torturá-las. De tal maneira que me decidi nessa tarde, fui à loja de armas do Jim e comprei um revólver de calibre 45. No momento em que Leopoldo María Panero estava a tentar extorquir mais uma vez Javier Barquín, disparei à distância. Como Javier também tinha sacado uma pequena pistola, supôs ter sido ele que fizera justiça. Toda a vida acreditará que foi ele quem matou Leopoldo María Panero. Mas não foi esse o caso. Eu sou o homem que matou Leopoldo María Panero.
(Versão minha; original reproduzido em Poesía completa (1979-2000); edição Túa Blesa, Visor, 4ª ed., Madrid, 2010, p. 269).
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