[Tenho medo de morrer...]
Tenho medo de morrer
sem escrever um poema belo,
sem me reconciliar com quem me aflige,
tenho medo de morrer com a roupa interior suja.
Tenho medo de morrer sem oferecer os presentes que guardo no armário,
tenho medo de morrer sem dar todo o meu amor aos que amo
aos meus irmãos
aos meus filhos
aos meus netos
ao homem que ame verdadeiramente.
Tenho medo de morrer com um beijo na boca
tenho medo de morrer
sem ver a paz na Síria.
(Versão minha a partir da tradução de António Martínez Castro incluída na Antología de poesía femenina contemporánea, organização de Virginia Fernández Collado, Fondo Kati, 2ª ed., p. 221).
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