Colher
Nasce do verbo dar,
como se o coração tivesse uma pega.
É feita daquilo que lhe falta. Nunca guarda nada para si.
Poderia medir o mundo, embalá-lo, transportar
o seu mistério, os seus campanários de água de uma margem à outra.
Mais humana que um cão.
Mais à mão que Deus.
(Versão minha; Poesía argentina - Antología esencial; selecção de Marta Ferrari; Visor, Madrid, 2010, p. 458).
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