Quando te vejo
Perco a esperança na poesia,
Como se apenas tu me pudesses criar.
És bela
E se penso na tua beleza
A minha respiração fraqueja,
A minha língua bloqueia,
As minhas palavras falham.
Salva-me de tudo isto. Sê menos bela
E permite-me reecontrar-me com a minha inspiração.
Sê uma mulher que se maquilha e perfuma,
Que engravida e dá à luz,
Sê como as outras mulheres
E reconcilia-me com a linguagem
Para que eu possa voltar a escrever.
(Versão minha a partir desta tradução de A. Z. Foreman e da tradução de Bassam K. Frangieh e Clementina R. Brown, reproduzida em Arabian love poems, A Three Continents Book, Lynne Rienner Publishers, London, 1998, p. 97).
1 comentário:
Uma bela súplica. Só não gostei da ideia de uma mulher que se maquilha, perfuma, engravida e dá à luz ser menos bela ou menos inspiradora. Mas os poetas são mesmo assim, caprichosos em relação às suas musas.:-)
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