Fui semelhante ao bosque, ao moinho de vento,
aos calados, negros e desconhecidos cruzeiros,
às sombras dos cavalos
sobre as altas colinas da Moldávia,
fui até semelhante à silhueta dos estranhos
deuses enterrados na areia do mar.
Quanto tempo passou desde então?
Devem ter passado muitas chuvas, muitas tempestades,
devem ter caído muitas muralhas, e muitas hostes,
devem ter sido quebradas muitas correntes,
queimados e esparzidos muitos impérios
até se assemelharem a mim mesmo.
(Versão minha a partir da tradução castelhana de Darie Novaceanu reproduzida em Antología de la poesía rumana contemporánea, Editorial Verbum, Madrid, 2004, p. 106).
2 comentários:
Uma das nossas inevitabilidades: o tempo que passa...por nós
Passa e leva-nos com ele...
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