"O que é que achaste?", perguntou ela.
"Tudo bem", disse ele.
"Esta é a terceira vez que o faço
desta maneira. Porque é que
nunca dizes que gostas de alguma coisa?"
"Bem, se não tivesse gostado
não teria comido", disse ele.
"Nunca consegues dizer que uma coisa
feita por mim te sabe bem."
"Não sei porque é que pensas
que tenho de estar sempre a dizer que é bom.
Comi, não foi?"
"Não penso nada que tenhas de estar
sempre a dizer que é bom, mas de vez
em quando podias dizer
que gostas."
"Tudo bem", disse ele.
(Versão minha; original reproduzido em Good poems, selecção e introdução de Garrison Keillor, Peguin Books, Nova Iorque, 2002, p. 136).
2 comentários:
Oiço-os assim, multiplicados pelas casas do bairro.
~CC~
a poesia deve ser feita por todos...(?)
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