(Acerca da tradução: fotografia de José Manuel Teixeira da Silva)
Xadrez (II)
O rei subtil, o bispo oblíquo, a feroz
rainha, torre frontal, peão ladino
sobre o preto e branco deste caminho
tomam e deixam armas da batalha.
Não conhecem a mão predestinada
do jogador governando o destino,
não conhecem o imenso rigor
que sujeita liberdade e viagem.
Também o jogador é prisioneiro
(disse-o Omar) de outro tabuleiro
pleno de noites negras, dias claros.
Deus move o jogador e este a peça.
Que deus atrás de Deus começa a trama
feita de pó e tempo e sonho e mortes?
(Versão de José Manuel Teixeira da Silva, a partir do original em castelhano incluído em Nueva Antología Personal, 2ª ed., Bruguera, Barcelo, 1983, p. 17. Com esta tradução e com a fotografia que, segundo nota do autor, "poderia chamar-se (parece-me) "acerca da tradução"", José Manuel Teixeira da Silva associa-se à comemoração dos quatro anos deste blogue, o que registo com grande satisfação e gratidão).
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