Agora eu tenho um cãozinho
chama-se Desassossego, é de uma raça amarga (mais tarde hei-de mostrar uma fotografia)
Vai comigo para o trabalho, dobrado debaixo do meu braço
segue-me tristemente até ao infantário e à noite quer sair.
Ficar por aqui ao pé da porta não serve, tem de ser para a chuva e para o vento.
Eu sei que vocês se preocupam, mas andamos só por ruas bem iluminadas
e apenas até ele ficar verdadeiramente exausto, é o melhor para todos
Assim não uiva junto à porta do quarto que lhe fechas cuidadosamente no focinho.
(Versão minha partir da tradução inglesa de Ieva Lesinska reproduzida em Six latvian poets, selecção e organização de Juris Kronberg, Arc, Todmorden, 2011, p. 43).
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