domingo, 4 de outubro de 2020

Olzhás Suleiménov

[Houve mulheres no meu ombro...]
 


Houve mulheres no meu ombro,
houve mulheres no meu peito.
Mas no meu coração
houve só uma.
No meu coração simplesmente, apenas uma.
Tudo lhe cai bem:
a tristeza nos olhos,
os cabelos sedosos,
a boca dura e caprichosa,
o gelo desnudo dos dentes,
o suave rumor dos dedos,
e a sua estatura adolescente,
os seus trinta e quatro anos de idade.
Tudo lhe cai bem.
Que bem que lhe cai tudo!...



(Versão minha a partir da tradução castelhana de Joaquín Torquemada Sánchez incluída na Antología de la poesía moderna en Kazajstán; Visor, Madrid, 2019, p. 75)

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