Humildade
Mostra um pouco de amor pelas coisas:
pelo musgo que acalma a tua fadiga,
pela fonte que a tua sede mitiga,
pelas pedras e pelas rosas.
Em tudo encontrarás uma beleza
virginal, um prazer desconhecido...
Acerta o ritmo do batimento
do teu coração com o coração da Natureza.
Recebe como um santo sacramento
o perfume e a luz que te dá o vento...
Quem sabe se o seu amor nele te envia
aquela que a vida transformou...!
E sê humilde, e lembra-te que um dia
te há-de cobrir a terra que pisaste!
(Versão minha; original incluído em Nuestra poesía en el tiempo (Una antología); selecção e prólogo de Antonio Colinas; Siruela, Madrid, 2009, p. 381).
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