terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Ernst Orvil

Relatividade



Quando os canhões retumbam
lá em Rakke
muda-se a borboleta
para outra flor.

Ou visto a partir da perspectiva
da borboleta: Quando se muda
a borboleta para outra flor
retumbam os canhões em Rakke.



(versão minha a partir da tradução castelhana de Francisco J. Uriz reproduzida em Afinidades afectivas - antologia de la poesia nórdica, prólogo do tradutor, Libros del Innombrable, Saragoça, 2002, p. 93).

5 comentários:

bruno vilar disse...

É o que todo o poeta faz : muda a perspectiva.

Lp disse...

E, mudando a perspectiva, muda-nos.

Cristina Gomes da Silva disse...

"E, mudando a perspectiva, muda-nos."
A dificuldade é que, por vezes, estamos tão pesados que não conseguimos mudar a perspectiva e em consequência...

bruno vilar disse...

“Quando a poesia abre suas portas, é como se mudássemos de mundo” - Mario Benedetti

fátima lopes disse...

Tudo na vida é Relativo.
Depende sempre da Perspectiva.