sábado, 6 de fevereiro de 2010

Rade Drainac

A minha fome...



A minha fome é infinita e sempre vazias as minhas mãos.

À noite descendo as ruas da cidade levo a lua nos meus dedos
e abandono a minha tristeza sob as janelas de mulheres infelizes.

Eu daria tudo e no entanto não tenho nada.
A minha fome é infinita e sempre vazias as minhas mãos.



(Versão minha a partir da tradução inglesa de Charles Simic reproduzida em The Horse Has Six Legs - An Anthology of Serbian Poetry, organização e tradução de Charles Simic, Graywolf Press, Saint Paul, 1992, 33).

1 comentário:

Cristina Gomes da Silva disse...

A fome...de viver. Um motor que não pode parar. Bom domingo