quinta-feira, 9 de junho de 2011

Karmelo C. Iribarren

Por amor



Quis fazer-te mal
muitas vezes. Golpear-te,
enfurecer-me contigo,
fazer uso da famosa
crueldade mental
até te ver chorar, rir
como uma histérica.
Desejei-te muitas vezes o pior,
o mais baixo, o mais cruel,
o mais rasteiro e sujo
que um homem pode desejar
a uma mulher. E só por amor.



(Versão minha; poema incluído em Seguro que esta historia te suena - Poesía completa (1985-2005), Renacimiento, Sevilha, 2005, p. 147).

2 comentários:

Memória transparente disse...

Lindo poema tão delicadamente mudado para português.

Agradeço em nome da Poesia.

Abraço.

Lp disse...

obrigado