terça-feira, 20 de abril de 2021

Pranabendu Dasgupta

 Despida



Da palavra retiro a pulseira do tornozelo,
soará por si mesma.

A memória das pessoas está no interior da casa -
o que há lá fora? Os animais, mais gente, o jogo infinito.

A palavra acolhe tudo?

Se o interior é assim tão forte
para que será necessária
a música elaborada?

A língua bengali evolui a cada momento;
há que retirar-lhe então a pulseira acessória 
que lhe tilinta no pé,

deixar que soe o jogo do pé descalço.



(Versão minha a partir da tradução castelhana incluída em La pared de agua - Antología de poesía bengali contemporánea; organização e tradução de Subhro Bandopadhyay, adaptação de Violeta Medina; Olifante, Saragoça, 2011, p. 95).

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