segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Rainer Brambach

Manhã



Todos os dias o homem do leite vem às seis
Um pouco depois das sete a senhora do jornal surge coxeando
Às oito começo eu a andar em torno
Da mesa onde ainda estão a garrafa de vinho
da última noite e o copo, vazios.
E também aí permanecem as cartas
todas elas sinceramente minhas -
Levanta-te, dá umas voltas, lê
o Eclesiastes, onze
a luz é verdadeiramente doce
e uma coisa agradável para os olhos é contemplar o sol...



(versão minha da tradução do alemão para o inglês de Michael Hofmann reproduzida em The Faber Book of 20th-Century German Poems, selecção e introdução de Michael Hofmann, Faber and Faber, London, 2005, p. 98).

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